A Paróquia

 -  Atualizado 18/05/2018

Palavra do Pároco  | Abril de 2021

MARIA MADALENA DIANTE DO TÚMULO VAZIO

Queridos filhos e filhas de São José, estamos na semana da oitava de páscoa, comemorando a vitória da vida que vence a morte. Quero compartilhar com vocês a experiência de Maria Madalena, uma discípula de Jesus, diante do túmulo vazio. O sentimento que preenchia o coração de Maria era de frustração, de fracasso, levada pela desesperança. Hoje, pode ser que nos questionemos como os discípulos de Jesus o fizeram: por que a existência de um ente querido pode acabar repentinamente nos deixando em desespero? Por que  esta pessoa tão bondosa, tão acolhedora, tinha que morrer desta maneira? Por que estamos passando por esta desolação? Esta tempestade parece não ter mais fim? Os porquês vão sendo um peso em nossa vida, nublando nossa visão, paralisando nosso caminhar. Vivenciamos a morte do futuro, que entra com força em nossas vidas; envenenando nossos corações.

Maria Madalena caminhava no escuro em direção ao túmulo, ela tem a coragem de se lançar às trevas. O escuro representa aqui a tristeza, seu coração estava marcado pela dor da derrota, da perda do amado, nem mesmo a pesada pedra removida do túmulo lhe traz alegria, buscava um corpo para chorar, para lamentar-se, encontra o túmulo  vazio, angustia-se e clama: roubaram o corpo! Onde o colocaram? Onde vou chorar? Mas uma força interior inflama o coração de Maria, movendo-a para a esperança da busca; porque o amor é mais forte do que a morte!

O túmulo vazio não é uma resposta que elimina todas as possibilidades, ao contrário, o túmulo vazio para Maria gera perguntas: onde o colocaram? Perguntas que nos põe em movimento nas várias situações de crises, nos desafiam a continuar em busca de um novo começo que só é possível quando passamos pela dor da ausência. Mesmo quando tudo parece acabado a vida renasce, como a flor que brota de uma semente e desabrocha silenciosamente. A páscoa não é um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida. O túmulo vazio, então, nos convida a procurar novas respostas: onde buscar Jesus hoje? Onde posso encontra-lo?

Meu irmão, minha irmã, desejo-lhes uma Santa e abençoada Páscoa! Deus os abençoe!

Pe. Amarildo Jorge Dellagranna, sdP  | Pároco 

Paróquia São José Trabalhador em Estado Permanente de Missão

A Paróquia São José Trabalhador teve sua origem no fim dos anos 60, quando algumas famílias, descendentes de imigrantes europeus — povo de muita religiosidade — reuniram-se para construir um templo, lugar de oração. Foi escolhido o padroeiro: São José.

Na mesma época, em 1967, chegaram ao Brasil, vindos da Itália, os primeiros Missionários Servos dos Pobres. Acolhidos pelo Arcebispo Dom Pedro Fedalto, iniciaram a construção de um Seminário, inaugurado em 1974. Em 1971 a comunidade já organizada, com apoio da arquidiocese, adquiriu o terreno ao lado do Seminário, onde foi erguida uma capela, consagrada a São José Trabalhador. No mesmo ano, Dom Pedro Fedalto confiou aos padres Servos dos Pobres aquela paróquia. O Padre João Graceffa foi nomeado primeiro pároco em 1972.

Amor e espírito missionário marcaram a vida da comunidade. Fundamentadas no carisma da congregação Servos dos Pobres “a caridade sem limites”, foram organizadas as ações pastorais e a participação das famílias nos movimentos recém-criados. Com o passar do tempo, cresceu a população do bairro, o número de fiéis e a capela já não comportava mais as pessoas que se reuniam nas celebrações. Sob a liderança do Pe. Vicente Turriciano iniciou-se a obra de um novo templo. Em 1978, começou a edificação da Igreja de São José Trabalhador.

A Paróquia teve a frente, por um breve tempo, Pe. Roldão Mendes de Lima que, juntamente com Pe.  Mário Arriello, filho dessa comunidade e Pe. Carlos Rodrigues, era um dos primeiros sacerdotes Servos dos Pobres Brasileiros, cuja ordenação sacerdotal foi realizada nesta mesma Igreja.

A partir de 1990, Pe. Francisco Panzera assumiu como pároco e a ele coube finalizar a construção da Igreja com arte e beleza. O novo templo, considerado um dos mais belos de Curitiba, foi consagrado por Dom Pedro Fedalto em 1993. Em 1997 foi nomeado pároco Pe. Mauro Zandoná, permanecendo longos anos à frente dos trabalhos pastorais, atraindo com seu carisma evangelizador muitos fiéis à comunidade. Em 2011, assumiu o Pe. Carlos Donizete Marson, que atuou com dinamismo e dedicação na evangelização desta família de São José.

Atualmente, o nosso pároco é o Pe. Amarildo Jorge Dellagranna, que vem trabalhando em total harmonia com os princípios cristãos, sempre voltado aos propósitos que só nos fazem crescer na fé católica.

Vida Missionária

O espírito missionário esteve sempre presente na caminhada desta comunidade, nas suas obras sociais e de misericórdia. À luz das diretrizes da Arquidiocese de Curitiba, neste mesmo espírito, os paroquianos abraçaram um novo projeto, um programa de evangelização em todo o território paroquial, dividido em 11 setores, os quais passaram a receber as visitas dos missionários em agosto de 2015.

Leigos, sacerdotes, irmãs, seminaristas, dois a dois assim como Jesus enviou seus discípulos, saíram para bater de porta em porta, de casa em casa, pelas ruas do bairro com coragem, fortaleza e alegria de sentirem-se enviados pelo Pai. Algumas portas se abriram, outras não. Contudo, o compromisso assumido pelos paroquianos chamados por Jesus a anunciar o Evangelho não terminará, mas sim, é permanente. A Igreja São José Trabalhador está em caminhada, na construção de uma paróquia comprometida com a missão: formar uma Comunidade de Comunidades!

A Associação Giácomo Cusmano constituída em nossa paróquia tem o objetivo de realizar a maravilhosa Obra, da qual poderíamos dizer também misericordiosa Obra, chamada “Bocado do Pobre”. Foi fundada em 21 de fevereiro de 1867, na Itália, pelo Beato Padre Giácomo Cusmano.

Através desta Obra, os Missionários Servos dos Pobres atuam, juntamente com os leigos, desempenhando um papel fundamental de caridade para com os mais necessitados, dando assistência não somente de cunho material, mas promovendo a dignidade humana e cristã.

Atualmente, o Bocado do Pobre da Paróquia São José Trabalhador assiste cerca de 100 famílias com alimentos de necessidade primordial, produtos de higiene básica e limpeza, além de direção espiritual e formação social, com temas relacionados à saúde, bem-estar, segurança e direitos humanos. As cestas básicas são montadas com as doações de nossos paroquianos.

A associação objetiva ainda a construção de uma Casa de Misericórdia, onde serão oferecidos serviços de acolhida, higiene e promoção da saúde e da autoestima, direção espiritual, alimentação, oficinas de capacitação profissional, encaminhamento a empregos, entre outros, atendendo em muitas necessidades nossos irmãos carentes.

O Bocado vai além do que muitos imaginam. Nosso objetivo é promover a dignidade, é fazer com que as famílias sejam vistas como semelhantes e se sintam nessa condição, pois o são! O Beato Giácomo nos inspira a buscar no amor que vem do Pai, a caridade sem limites e a igualdade.

As reuniões do Bocado do Pobre acontecem sempre na 2ª segunda-feira de cada mês e a entrega das cestas aos assistidos no último sábado do mês, às 9h30 no salão paroquial. Venha a um destes encontros conhecer a alegria da partilha, você também é convidado a fazer parte desta família Cusmaniana.

Equipe litúrgica

Pe. Amarildo Jorge Dellagranna – Pároco
Marcia Regina Ianuch Karam  – Sacristã

Equipe operacional

Adão José do Carmo – Manutenção
Rosilene Oliveira – Atendente Paroquial
Vitalina Soares de Camargo – Manutenção

Expediente

Este site é uma publicação da Paróquia São José Trabalhador de Curitiba-PR.
Pároco responsável: Pe. Amarildo Jorge Dellagranna
Conselho Editorial: PasCom São José Trabalhador
Fotos: PasCom, colaboradores e banco de imagem (Pixabay)
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Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião da paróquia.

Padroeiro São José Trabalhador

As comemorações em honra ao padroeiro são realizadas em 1º de maio, com a celebração da missa solene e almoço festivo. Com poucos, mas significativos traços, os evangelistas descrevem São José, o operário de Nazaré, como zeloso pai de Jesus, esposo atento e fiel, sempre em atitude de serviço. Assim, foi escolhido como padroeiro, para abençoar os fiéis e guardar esta Paróquia. “São José para esta comunidade simboliza o trabalho e a família, sustentáculo da sociedade”.